A invasão do tipo “Exploit” é uma das técnicas mais antigas e perigosas que existem no mundo da segurança digital. Ela consiste em explorar falhas cometidas por programadores, seja por descuido ou falta de conhecimento, para inserir código malicioso no sistema. Esse código, uma vez executado, concede acesso ao hacker, permitindo que ele controle ou roube informações do sistema comprometido. Esse tipo de ataque é particularmente preocupante em sistemas complexos, onde a quantidade de código e a diversidade de programadores envolvidos aumentam significativamente as chances de vulnerabilidades.
Em sistemas com milhares ou até milhões de linhas de código, escritos por dezenas ou centenas de programadores, é praticamente impossível garantir que todas as práticas de segurança foram seguidas corretamente. Essa situação é ainda mais crítica em linguagens de programação como “C”, que, apesar de ser extremamente poderosa e eficiente para sistemas de alta performance, exige um controle manual e detalhado de operações de memória. A linguagem “C” é amplamente utilizada em sistemas operacionais, drivers de dispositivos e aplicações de baixo nível, mas sua proximidade com o hardware e a necessidade de gerenciamento manual de memória a tornam propensa a erros humanos, como estouro de buffer e uso incorreto de ponteiros.
O Problema do Stack
O Stack (ou pilha, em português) é uma área de memória reservada para armazenar dados temporários durante a execução de um programa. Ele é uma estrutura fundamental em linguagens de baixo nível, como “C”, e é derivado diretamente de conceitos do Assembly, a linguagem de programação mais próxima do hardware. No Stack, são armazenados dados que não estão sendo executados no momento, mas que podem ser acessados rapidamente quando necessário. O problema é que o Stack fica localizado muito próximo ao código que está sendo interpretado ou executado pelo processador, e essa proximidade é justamente o que o torna vulnerável.
Quando um programa solicita uma entrada do usuário, como um nome ou endereço, ele espera receber dados simples. No entanto, nada impede que um usuário mal-intencionado insira, em vez disso, um trecho de código malicioso. Linguagens como “C”, que operam muito próximas ao nível do hardware e lidam diretamente com ponteiros de memória, são especialmente vulneráveis a esse tipo de ataque. Um exemplo clássico é o estouro de buffer, onde o hacker insere mais dados do que o programa espera, sobrescrevendo áreas críticas da memória e, potencialmente, executando código malicioso. É por isso que empresas como a Microsoft frequentemente lançam atualizações de segurança para corrigir falhas de programação que podem ser exploradas dessa maneira.
A Ascensão da Linguagem RUST
Diante desses desafios, a linguagem RUST surge como uma das mais promissoras alternativas para substituir a linguagem “C” em sistemas de alta performance e baixo nível. Desenvolvida com foco em segurança e desempenho, RUST elimina muitas das vulnerabilidades comuns em “C” ao adotar um modelo de gerenciamento de memória mais seguro e automatizado. Diferentemente de “C”, RUST não exige que o programador lide diretamente com ponteiros de memória de forma manual, reduzindo drasticamente o risco de erros humanos, como vazamentos de memória, estouro de buffer ou acesso a áreas de memória não autorizadas.
Além disso, RUST introduz conceitos como ownership (propriedade) e borrowing (empréstimo), que garantem que o acesso à memória seja controlado de forma rigorosa durante a compilação, evitando problemas comuns em tempo de execução. Isso significa que, em RUST, muitos dos erros que seriam explorados em “C” são detectados e corrigidos antes mesmo que o programa seja executado. Essa abordagem moderna e segura faz de RUST uma escolha ideal para desenvolvedores que buscam criar sistemas robustos, eficientes e menos suscetíveis a ataques do tipo “Exploit”.
Contras
Enquanto a linguagem “C” continua sendo amplamente utilizada em sistemas críticos, sua dependência de gerenciamento manual de memória e sua proximidade com o hardware a tornam vulnerável a falhas de segurança. A linguagem RUST, por outro lado, oferece uma alternativa moderna e segura, com ferramentas que minimizam os riscos associados ao tratamento de memória. Ao adotar RUST, os desenvolvedores podem criar sistemas mais confiáveis e menos propensos a explorações, garantindo maior segurança e estabilidade para aplicações de alta performance.
Muita gente não quer saber do RUST, isto porque já estão apegados a linguagem C e não querem arriscar começar tudo de novo, ou arriscar em um sistem desenvolvido em 2 Linguagem de programação.